Castração – por quê?


Para as fêmeas (cães e gatos)

  • Evita infecção uterina (piometra, doença que atinge 60% das fêmeas);
  • Se realizada antes de um ano de idade, reduz bastante as chances de desenvolver câncer de mama na fase adulta; se realizada antes do primeiro cio, a possibilidade é praticamente zero;
  • Anula a chance de problemas uterinos bastante comuns em cadelas após os seis anos de idade, cujo tratamento é cirúrgico, com a remoção do órgão;
  • Evita montas e crias indesejadas, fugas de casa e outros comportamentos incômodos do cio, como a “miação nervosa” das gatas e o uivo das cadelas.

Para os machos (cães e gatos)

  • Evita brigas por disputa territorial;
  • Diminui a demarcação territorial com urina. Se castrado antes de um ano de idade, ele não demarcará território na fase adulta;
  • Previne tumores de próstata e, consequentemente, hérnias perineais;
  • Evita fugas de casa atrás de fêmeas no cio.

Para ambos os sexos (cães e gatos)

  • Diminui os riscos de doenças como câncer;
  • Quando feita no animal ainda filhote (antes de entrar no cio ou até cinco meses de idade), aumenta a expectativa de vida em até dois anos;
  • Evita a continuidade de doenças hereditárias como hérnias em geral, luxação de patela, displasia coxofemoral etc;
  • Evita as chances de contrair doença venérea transmissível (tumor de Sticker). Nesse caso, mais importante ainda que a castração é não deixar seu animal sair para a rua sozinho, atitude que nenhum tutor deve ter.

Para a comunidade

  • Contribui para a segurança pública;
  • Diminui o número de animais errantes, com a consequente redução de acidentes de trânsito e mordeduras;
  • Contribui para a saúde pública: menos animais errantes significa menos fezes e urina em locais públicos, permitindo melhor higiene e controle de zoonoses, além de contribuir para a redução de gastos no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ);
  • Menos animais errantes implica diminuição da captura e morte de animais (nos estados do País que ainda não instituíram a Lei nº 12.916, de 16/4/2008), economizando dinheiro público que poderá ser empregado em fins mais nobres.

Onde castrar?

  1. Aqui na ONG, fazemos castração a preço solidário. Veja nossos telefones e endereço aqui;
  2. Inscrições gratuitas no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de sua cidade. Consulte o site de sua prefeitura para obter telefone, endereço e mais informações;
  3. Fale com seu veterinário particular.

Mitos e reflexões

“É maldade castrar o animal.”

Falso. Ao contrário, castração é um ato de amor. O único benefício que você pode garantir para o resto da vida de um animal é a castração. Todo o resto tem que manter, como alimentação, amor, vacinas, vermifugação, passeios etc.

“A castração deixa o animal gordo.”

Falso. A castração pode causar aumento do apetite, mas se a ingestão de alimento for controlada e o tutor não ceder às vontades do animal, o peso será mantido. Observa-se que animais castrados quando jovens, antes de completar um ano de vida, apresentam menos sinais de aumento de apetite e menor tendência a se tornarem obesos. A obesidade pós-castração é causada, na maioria das vezes, pelo tutor e não pela cirurgia.

“A castração deixa o animal bobo.”

Falso. O animal ficará letárgico após a castração apenas se adquirir muito peso. Gordo, ele se cansará facilmente e não terá a mesma disposição. A letargia é consequência da obesidade e não da castração em si. Os animais na fase adulta vão, gradativamente, diminuindo a atividade. Muitos associam erroneamente esse fato à castração.

“A castração é uma cirurgia cruel, que mutila o animal.”

Falso. A cirurgia de castração é simples e rápida e o pós-operatório é bastante tranquilo, principalmente em animais jovens. É utilizada anestesia geral e o animal já está ativo 24 horas após a cirurgia. Não há nenhuma consequência maléfica para o animal, que continua a ter vida normal.

“Deve-se castrar a fêmea após ela ter dado cria.”

Falso. Ao contrário do que alguns pensam, a cadela não fica “frustrada” ou “triste” por não ter tido filhotes. Essa é uma característica humana que não se aplica aos animais. Se considerarmos a prevenção de câncer em glândulas mamárias, ela será 100% eficaz, segundo estudos, se feita antes do primeiro cio. O ideal é castrar o quanto antes.

“Não vou castrar porque quero filhotes do meu animal.”

Reflita: com tantos animais abandonados, de todos os tipos e cores, inclusive muito parecido ou até mais apaixonante que o seu (acredite: existem, é só procurar), por que não dar uma oportunidade a quem está abandonado e não escolheu nascer, em vez de gerar mais vidas para suprir o seu….podemos chamar… capricho? Existem muitos animais precisando da sua ajuda. Castre o seu animal e adote um amigo que já esteja vivo precisando de você!

Reflita de novo: muitos animais, mães e filhotes, morrem no parto. Você gostaria de acrescentar esse risco ao animal que você tanto ama?

E reflita mais uma vez: você terá a certeza de que os filhotes que pretende doar para quem acha que cuidará bem realmente vão ser bem cuidados? Ou tempos mais tarde esses novos seres que você permitiu nascer farão parte das estatísticas de animais maltratados, abandonados, muitas vezes jogados na rua porque seus tutores se cansaram deles? Pense e reflita com a razão e o coração.